Na última quarta-feira, 11 de setembro, as relíquias dos santos fundadores da Congregação do Verbo Divino visitaram o Seminário Arquidiocesano Santo Antônio e, por ocasião desse momento especial, foi celebrada uma Missa na capela da casa de formação. Presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, a Eucaristia contou com a presença de missionários verbitas e foi aberta aos alunos e formadores da instituição. 25442l
A relação entre o Seminário e a congregação é próxima. Isso, porque os cursos de Filosofia e Teologia oferecidos pelo Instituto Teológico Arquidiocesano Santo Antônio (ITASA) são ofertados em parceria com a UniAcademia, que pertence aos Verbitas. Para o Reitor do Seminário, Padre Antônio Camilo de Paiva, esta união realça a sinodalidade da Igreja. “Santo Arnaldo Janssen e São José Freinademetz foram missionários, e a Arquidiocese de Juiz de Fora, nesses cem anos, comemora também o seu caráter missionário. A Igreja é comunhão, participação e missão. Unir a UniAcademia com o Seminário Santo Antônio, unir a história da Arquidiocese de Juiz de Fora com essa presença bonita dos verbitas, tem todo um sentido de uma Igreja que caminha junto, que caminha de mãos dadas, uma Igreja sinodal”, refletiu o Reitor.
No contexto do Centenário Diocesano, a agem das relíquias na instituição é também recordar os primórdios da Diocese. Dom Gil contou que o idealizador da criação da Diocese de Juiz de Fora, Dom Silvério Gomes Pimenta, então Arcebispo de Mariana (MG), foi quem conversou com o próprio Santo Arnaldo Janssen, em Roma, sobre a vinda dos missionários para a cidade. “De alguma forma, os verbitas estão na base, estão nos alicerces de nossa Diocese de Juiz de Fora, que está completando cem anos. Por isso, é justo que nosso Seminário, nossa comunidade formativa de Filosofia e Teologia, tanto da Arquidiocese de Juiz de Fora, com a presença dos seminaristas de São João del-Rei e Leopoldina, e também da Diocese de Valença, estivessem reunidos neste momento para prestar louvores a Deus pelo trabalho e pela vida desses nossos santos, cujas relíquias nos visitam”, completou.
Entre os concelebrantes, esteve o Secretário da Dimensão Missionária da Congregação do Verbo Divino, Padre Milan Knezovic, SVD. Para ele, a lembrança dos missionários verbitas na história e construção arquidiocesanas aponta para a presença centenária, tanto no campo da educação quanto na atuação pastoral. Ele expressou, ainda, a alegria em comemorar os 150 anos de fundação da Congregação e os 130 anos de presença no Brasil. A família religiosa conta, atualmente, com cerca de cinco mil membros e atua em 80 países. “Para nós, a Congregação dos Missionários do Verbo Divino é uma grande graça, mas também um ato de gratidão a Deus por tudo o que realizou no mundo através da presença dos missionários verbitas. Ela foi fundada por um padre diocesano que, depois de 14 anos como padre, sentiu no seu coração o chamado, o ardor missionário de fundar uma congregação [que fosse] além das fronteiras”, pontuou.
Em Juiz de Fora, as relíquias peregrinaram por lugares ligados aos missionários, como a Casa dos Verbitas, a Comunidade Verbo Divino, no Jóquei Clube II, o Colégio Academia e o Centro Universitário UniAcademia, além do Colégio Stella Matutina. Elas arão, ainda, pela Igreja São Sebastião, no Parque Halfeld, e seguirão para outras cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília, onde haverá um encontro com os Verbitas de todo o Brasil.
“É uma grande alegria poder encontrar o povo, trazer as relíquias às paróquias verbitas, inclusive aquelas que hoje não pertencem mais à nossa congregação, que já foram entregues às dioceses, e fazer essa conexão com o amor de Deus que nos põe em missão. Todos nós, pelo batismo, somos missionários do amor de Cristo, levando em cada contexto da vida, seja no âmbito eclesial, como padre, mas também como povo de Deus, como cristão, amando Deus e amando o próximo”, expressou Padre Milan.