O Papa Francisco deixou Lisboa, em Portugal, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, e retornou para Roma no último domingo (06). 2s1f10
Durante o voo, o Pontífice realizou a tradicional entrevista coletiva com os jornalistas que o acompanharam na Viagem Apostólica.
Francisco explicou aos presentes por qual motivo escolheu rezar em silêncio no Santuário de Fátima, reafirmou tolerância zero em relação aos abusos contra menores, repetiu que a Igreja está aberta a todos e confortou o coração dos fiéis:
“Minha saúde está bem”, disse o Pontífice.
Existia uma grande expectativa do mundo para que o Papa, no local onde Nossa Senhora fez um pedido especial para rezar pelo fim da guerra, também fizesse uma renovação de uma oração pela paz.
Mas Francisco preferiu rezar em silêncio. E ele confidenciou o motivo:
“Não fiz propaganda. Mas rezei. E devemos continuamente repetir esta oração pela paz. Ela, na Primeira Guerra Mundial, tinha pedido isto. E eu, desta vez, isto pedi a Nossa Senhora. Rezei. Não fiz publicidade”, disse.
Perguntado se sabia da existência dos relatórios sobre a realidade dos abusos em Portugal, Francisco reafirmou “tolerância zero” sobre “esta peste terrível”.
“A situação é muito grave. Na Igreja, há uma frase que estamos usando continuamente: tolerância zero, tolerância zero. E os pastores, que de alguma maneira não assumiram sua responsabilidade, devem arcar com esta irresponsabilidade. O mundo dos abusos é muito duro e, por isto, exorto a serem muito abertos sobre tudo isso”, falou o Papa.
A saúde de Francisco também foi tema da entrevista coletiva. O Pontífice realizou sua primeira Viagem Apostólica após procedimento cirúrgico no intestino:
“A minha saúde vai bem. Os pontos foram tirados, levo uma vida normal”, falou Francisco tranquilizando os fiéis do mundo.
Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude, afirmou que a Igreja está aberta para todos. Sobre essa fala, o Pontífice foi questionado sobre levar em questão que, apesar da Igreja estar aberta para todos, não são todos que têm os mesmos direitos, oportunidades, no sentido de que, mulheres e homossexuais não podem receber todos os sacramentos.
“A Igreja é aberta a todos, depois existem leis que regulam a vida dentro da Igreja. Alguém que está dentro está de acordo com a legislação, o que você diz é uma simplificação: ‘Não pode receber os sacramentos’. Isso não significa que a Igreja seja fechada, cada um encontra Deus pelo próprio caminho dentro da Igreja, e a Igreja é mãe e guia cada um pelo seu caminho”, disse o Papa.
E completou:
“Por isso não gosto de dizer: venham todos, mas tu, este, mas o outro… Todos, cada um na oração, no diálogo interior, no diálogo pastoral, procura uma forma de seguir em frente. Para isso, fazer uma pergunta: por que os homossexuais não… Todos! E o Senhor é claro: doentes. Saudáveis, velhos e jovens, feios e bonitos… bons e maus!”, finalizou o Papa.
Na Basílica de Santa Maria Maior 6166l
Como acontece no final de cada Viagem Apostólica, o Papa Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior para rezar a Nossa Senhora.
Francisco esteve no local na manhã desta segunda-feira (07), após seu retorno de Lisboa na noite de ontem, domingo.
O Papa, de acordo com a Sala de Imprensa do Vaticano, ficou em oração diante do ícone da Virgem Salus Populi Romani, que também é um dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a Cruz peregrina.
Fonte: Portal A12 e Vatican News